domingo, 23 de outubro de 2016

Os cães nunca morrem, dormem junto ao nosso coração

Enfrentar a morte de um animal é ter que passar por um luto muito similar ao que passamos quando perdemos uma pessoa. Falar nestes termos será incompreensível para muitos, já que alguns não entendem a importância que os animais podem chegar a ter nas nossas vidas. Mas, provavelmente, essas pessoas não me vão ler!
O vazio provocado pela perda de grande parte da nossa alegria é um abismo que, antes, era recheado de felicidade quotidiana, fazendo parte da nossa rotina e, às vezes, até mesmo de nosso alívio emocional.
Nunca pedem nada em troca. Só um amor que não entende de egoísmos, só uma carícia ao chegar a casa, um olhar cúmplice, um espaço no sofá.  Os animais de estimação não sabem do passado ou do futuro, mas compreendem e têm interiorizada essa linguagem universal que, às vezes, nós esquecemos:  as emoções.
É o cúmplice mais fiel das nossas carícias, companheiro que se aninha aos pés ou em cima da cama.  O primeiro a acordar e o último a quem damos as boas noites. É o velhinho da casa que sabe ler, com o seu olhar, a tristeza, ao mesmo tempo que a afastava.
O seu vazio nuca poderá ser preenchido e por mais que tentemos nunca o próximo será igual ao anterior!
 Haverá uma fase de negação, outra de raiva, outra de tristeza até que, finalmente, apareça a aceitação.
Chore o quanto o precisar e tenha sempre em conta o resto dos membros de sua família.

Evite uma coisa: sentir-se culpado.



"Os cães nunca morrem, dormem junto ao nosso coração. Não sabem como fazê-lo. Se cansam, ficam velhos e os ossos doem. É claro que não morrem. Se o fizessem, não iriam querer sair para passear sempre…"

– Ernest Montague –

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