Enfrentar a morte
de um animal é ter que passar por um luto muito
similar ao que passamos quando perdemos uma pessoa. Falar nestes termos
será incompreensível para muitos, já que alguns não entendem a importância que os
animais podem chegar a ter nas nossas vidas. Mas, provavelmente, essas pessoas
não me vão ler!
O vazio provocado pela perda de grande parte da nossa alegria é um abismo
que, antes, era recheado de felicidade quotidiana, fazendo parte da nossa
rotina e, às vezes, até mesmo de nosso alívio emocional.
Nunca pedem nada em
troca. Só um amor que não entende de egoísmos, só uma carícia ao chegar a casa,
um olhar cúmplice, um espaço no sofá. Os animais de estimação não
sabem do passado ou do futuro, mas compreendem e têm interiorizada essa
linguagem universal que, às vezes, nós esquecemos: as emoções.
É o cúmplice mais fiel
das nossas carícias, companheiro que se aninha aos pés ou em cima da cama. O primeiro a acordar e o último a quem damos as boas noites. É o velhinho da casa que sabe ler, com o seu olhar, a tristeza, ao mesmo tempo
que a afastava.
O seu vazio nuca poderá ser preenchido e por mais que tentemos
nunca o próximo será igual ao anterior!
Haverá uma fase de negação, outra de raiva, outra de tristeza
até que, finalmente, apareça a aceitação.
Chore o
quanto o precisar e tenha sempre em conta o resto dos membros de sua
família.
Evite uma
coisa: sentir-se culpado.
"Os cães nunca morrem, dormem junto ao nosso coração. Não sabem como
fazê-lo. Se cansam, ficam velhos e os ossos doem. É claro que não morrem.
Se o fizessem, não iriam querer sair para passear sempre…"
– Ernest Montague –
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